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"Alguém Tem que Ceder", de Nancy Meyers, 2003

  • hikafigueiredo
  • 25 de out. de 2020
  • 2 min de leitura

Filme do dia (410/2020) - "Alguém Tem de Ceder", de Nancy Meyers, 2003 - Harry Sanborn (Jack Nicholson) é um sexagenário solteirão que tem, por hábito, só se relacionar com garotas com menos de trinta anos. Ele viaja com sua última conquista, Marin (Amanda Peet), para a casa de praia da mãe da moça. Um enfarto fará com que ele tenha de passar certo tempo com a mãe de Marin, Erica (Diane Keaton), o que trará outra perspectiva à sua vida.





Essa comédia romântica trata, com certa irreverência, de uma questão que incomoda qualquer pessoa entrada em anos - o etarismo, ou, o preconceito contra as pessoas mais velhas. Para ser mais exata, o filme trata do preconceito que os homens têm das mulheres acima de quarenta anos - envelhecer não merece perdão para as mulheres! Muito embora eu curta o tema - até por ser diretamente afetada por ele (rs) -, e ainda que tenha gostado de parte do desenvolvimento da narrativa, eu assumo que eu O-D-I-E-I o desfecho (eu não tenho como dizer o porquê para não dar spoiler, mas só adianto que, na minha opinião, não faria qualquer sentido aquele resultado). Gostei de como os personagens foram pensados na maior parte do tempo, mas, definitivamente, acho que o roteiro deixou a peteca cair nos últimos minutos da história, em especial quanto à personagem Erica (que terá uma atitude nada condizente com sua personalidade até então). O roteiro flui gostosinho, em tempo cronológico, com algumas situações cabíveis e outras tantas um pouco inverossímeis. O ritmo é agradável, não muito puxado, como convém ao gênero e a atmosfera é leve e descontraída. Tecnicamente, padrão Hollywood, para variar. Cansei um pouco de ouvir "La Vie en Rose" ao longo do filme, podiam ter escolhido uma música menos óbvia. O filme se firma mesmo sobre a interpretação de Diane Keaton como Erica, papel que lhe rendeu um Globo de Ouro de Melhor Atriz em papel cômico, e na de Jack Nicholson (que, para mim, interpretou-se a si mesmo pela milionésima vez, mas tudo bem). No elenco, ainda, Amanda Peet (que some frente à atuação de Diane Keaton), Keanu Reeves (perfeito como o Dr. Julian), Frances McDormand (sempre ótima, mesmo em papeis menores), Jon Favreau e Paul Michael Glaser (que para mim será eternamente o Starsky do seriado "Starsky & Hutch"). O filme é divertido, mas nada me faz engolir o desfecho. Para quem gosta de comédias românticas em geral (Na mesma linha, prefiro a comédia "Acertando o Passo", de 2018).

 
 
 

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