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hikafigueiredo

"Dois Anjos", de Mamad Haghighat, 2003

Filme do dia (13/2017) - "Dois Anjos", de Mamad Haghighat, 2003 - Ali é um jovem iraniano de 15 anos, cujo pai acredita que a música é um pecado. No entanto, Ali apaixona-se pelo som da nay, um instrumento típico, semelhante a uma flauta, e, escondido do pai, passa a ter aulas de nay em uma escola de Teerã, local onde conhece Azar, uma jovem de 19 anos, de família rica e progressista.





Eu, habitualmente, curto muito filmes de origens exóticas, cujas realidades sejam muito diferentes da minha. No entanto, por vezes, a realidade retratada me deixa indignada ou irritada, caso desta obra. O fanatismo religioso, o machismo, a estreiteza de pensamento do pai de Ali é insuportável, mas, no filme, é mostrado como algo relativamente comum naquelas paragens. A diferença entre a realidade de Ali e de Azar também é impressionante e fica excessivamente evidenciado que tudo se deve à diferença de estudo entre o pai de Ali (um comerciante humilde) e o pai de Azar (um doutorando na Sorbonne). O filme é fraco na medida em que o diretor viu necessidade de explicar tudo muito "explicadinho", tudo muito explícito, sem espaço para qualquer sutileza. Por outro lado, a obra não segue o tempo cronológico e até que mesclou bem os diferentes momentos da história. Também achei bem interessante a apresentação dos instrumentos típicos e da musicalidade deles. Tá... não é um filme ruim... mas tem muitos outros filmes iranianos mais legais para ver. Recomendo para o fim da lista, para quem quer saber um pouco mais sobre o país e a cultura iraniana.

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