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hikafigueiredo

"Dégradé", de Tarzan e Arab Nasser, 2015

Filme do dia (45/2019) - "Dégradé", de Tarzan e Arab Nasser, 2015 - Em um pequeno salão de beleza situado na Faixa de Gaza, diversas mulheres, bem diferentes entre si, aguardam para serem atendidas. Do lado de fora do salão, no entanto, a tensa vida do local continua a acontecer, sem trégua.





Eu entendi o que os diretores tinham em mente. Como o diretor Mohamed Diab conseguiu fazer muito bem em seu filme "Clash" (2016), a dupla Nasser pretendia criar um pequeno universo, em uma escala maior, da Faixa de Gaza, trazendo para um ambiente delimitado e menor, os conflitos existentes extramuros. A ideia é ótima, mas, nessa obra, não funcionou. Não houve definição de formas de nenhum tipo, o grupo de mulheres caracteriza-se por ser uma "massa amorfa" de pessoas, os conflitos não ficaram claros, uma grande bagunça (okay, eu sei que não é fácil entender a realidade daquele lugar e que existem inúmeras tensões envolvidas, mas, se não era para esclarecer um pouco o que acontece no local, nem precisava fazer o filme !). Além disso, a narrativa é arrastado, errática, não há um fio condutor, tudo parece muito aleatório e nem a melhora evidente nos últimos quinze minutos salvam o filme. Para piorar, as personagens parecem rasas, clichê, com alguma exceção, talvez, na personagem Christine (Victoria Balitska). Nem mesmo a presença de Hiam Abbass - a ótima atriz de "Lemon Tree" (2008) e que também atuou em "A Noiva Síria" (2004), "Paradise Now" (2005) e "Free Zone" (2005) - foi suficiente para dar mais fôlego à obra. É... não tem muita defesa não, o filme é bem fraquinho e não me agradou.

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