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hikafigueiredo

"Jojo Rabbit", de Taika Waititi, 2019

Atualizado: 5 de fev. de 2020

Filme do dia (45/2020) - "Jojo Rabbit", de Taika Waititi, 2019 - Jojo (Roman Griffin Davis) é um menino de 10 anos que vive na Alemanha Nazista durante a Segunda Guerra. Seu nacionalismo extremado, aliado à sua solidão, fazem com que ele tenha um amigo imaginário - o próprio Adolf Hitler (Taika Waititi). A descoberta de um segredo de sua mãe Rosie (Scarlett Johansson) fará com que Jojo repense suas prioridades.





Não se engane. Apesar da fortíssima pegada cômica, a obra, na realidade é um drama que discorre sobre o horror da guerra, o fanatismo, o amadurecimento e a esperança e, ainda que arranque risos, também desperta uma boa dose de mal estar ao acompanhar, com os olhos simpatizantes do protagonista, a Alemanha Nazista daquela época. Sinceramente, durante os primeiros vinte ou trinta minutos do filme, admito que também senti certo incômodo por estar rindo de tiradas cômicas acerca de temas extremamente sérios, que são o nazismo e a Segunda Guerra. No decorrer da narrativa, no entanto, quando a crítica velada começa a ficar um pouco mais evidente, consegui relaxar e aproveitar melhor a obra, inclusive quanto à sua faceta cômica. O filme equilibra bem a comédia e o drama e consegue fazer tanto críticas sérias quanto irônicas e jocosas ao extremismo de direita. Eu, que, antes de assistir ao filme, acreditava que teria dificuldades em gostar do protagonista, acabei me encantando com o menininho de bom coração, mas completamente fanatizado pelo sistema de então. O ritmo da narrativa é, no geral, ágil e agradará, facilmente, quase qualquer público. Adorei a trilha sonora com músicas ocidentais em versões alemãs (Beatles e Bowie em alemão, você nunca mais ouvirá isso!!!). Quanto às interpertações, o ator mirim Roman Griffin Davis faz milagre ao conquistar o espectador com seu personagem; Scarlett Johansson também está ótima como Rosie, que tenta, com carinho, sensibilizar seu filho contra os horrores da guerra; Taika Waititi, por seu lado, está impagável como Adolf Hitler, propositalmente afetado e um tanto quanto ridículo. No elenco, ainda, Sam Rockwell, Rebel Wilson e Thomasin McKenzie. A obra é muito melhor do que o tema sugere e me arrebatou facilmente. Curti e recomendo.

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