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hikafigueiredo

"Minha Vida sem Minhas Mães", de Klaus Härö, 2005

Atualizado: 23 de ago. de 2019

Filme do dia (94/2019) - "Minha Vida sem Minhas Mães", de Klaus Härö, 2005 - Finlândia, 1943. Após a morte de seu pai no front, Eeros (Topi Marjaniemi) é enviado para a segurança da Suécia. Recebido pelo casal Hjalmar (Michael Nykvist) e Signe (Maria Lundqvist), o relacionamento com sua mãe "adotiva" é conturbado, pois Eeros não consegue se desvincular de Kirsti (Marjaana Maijala), sua mãe biológica, que permaneceu na Finlândia.





Belo filme sobre a relação mãe e filho, a obra discorre sobre amor incondicional, perda, confiança, entrega, solidão e construção de relação de confiança. É doloroso acompanhar a trajetória de Eeros, jogado de cá para lá, tendo de se entregar a estranhos e começar, do zero, uma relação de confiança, principalmente após se sentir traído por aquela que deveria defendê-lo acoima de qualquer coisa. A situação das personagens Kirsti e Signe é igualmente desconfortável e difícil... Como abrir mão de um filho, ainda que para sua própria segurança??? Como abrir mão de um filho, ainda que exista uma situação legal que exija que você faça isso??? Apesar de todos os dramas envolvidos, não espere uma obra melodramática - como habitualmente ocorre em obras nórdicos, as questões são tratadas sempre com certo cuidado, um bocado de equilíbrio e outro tanto de frieza, ainda que repletas de sofrimento embutido. A obra conta com uma bela fotografia, bastante ajudada pelas locações naturais da Suécia e da Finlândia. Mas, apesar do roteiro perfeitinho, o filme não seria o mesmo sem as grandes atuações de Topi Marjaniemi, Michael Nykvist e, principalmente, Maria Lundqvist - O menino Topi consegue expressar sua confusão e indignação por ser enviado para outros país à sua revelia; Michael Nykvist - um ator que adoro desde que assisti à trilogia Millenium - é o ponto de equilíbrio entre os demais personagens, sempre ponderado e razoável; mas é Maria Lundqvist quem mais se entrega ao papel - a resistência inicial de Signe, seu medo de ter sob seus cuidados o pequeno Eeros, sua gradual entrega até o acolhimento final, sempre muito expressiva, é um trabalho muito bom da atriz. A obra é ótima - eu adoro o cinema nórdico!!! - merece ser visto. Recomendo com carinho.

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