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hikafigueiredo

"O Castelo Vogelöd", de F. W. Murnau, 1921

Atualizado: 23 de ago. de 2019

Filme do dia (28/2019) - "O Castelo Vogelöd", de F. W. Murnau, 1921 - Quatro anos após ser acusado de assassinar seu próprio irmão, o Conde Oetsch (Lothar Mehnert) retorna ao Castelo Vogelöd para descobrir o verdadeiro assassino e provar sua inocência.





Apesar da obra compor um box acerca do Expressionismo Alemão, o filme revela poucos traços daquela escola. A obra, ainda, está bastante aquém de outras do mesmo diretor, como "Nosferatu" (1922) ou "Fausto" (1926), apesar de já dar mostras do talento de Murnau. A obra, adaptação do romance homônimo de Rudolph Stratz, consiste em um suspense leve que, infelizmente, apoia-se em demasia no texto e diálogos dos personagens, relegando a um segundo plano o componente imagético, de forma que acaba por perder boa parte da atmosfera pretendida (uma pena). Uma cena destoa do todo do filme e é a que mais produz "climão" e se aproxima dos preceitos do Expressionismo Alemão e consiste na (ótima) cena do pesadelo de um dos personagens - aqui temos uma atmosfera pesada, angustiante e um componente visual lúgubre, com fotografia bem marcada e algo "bruxuleante" e bastante sinestésico, bem ao gosto da escola. Outra cena que merece destaque é o flashback mostrando a idílica vida da baronesa e do falecido marido - aqui a fotografia é usada para demonstrar frescor e luminosidade, é clara, suave, completamente diferente da fotografia do restante do filme. Com relação às interpretações, destacaria a performance de Olga Tschechowa como baronesa. Mesmo sendo um filme menor do diretor, diria que é uma interessante porta para sua obra. Gostei e recomendo (mas priorize as outras duas obras já mencionadas).

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