Filme do dia (94/2017) - "O Mar de Árvores", de Gus Van Sant, 2015 - Arthur (Matthew McConaughey) é um professor em crise que viaja para o Japão, mais especificamente para a floresta Aokigahara, conhecida como a floresta dos suicidas. No interior da floresta, Arthur encontra Takumi (Ken Watanabe), o qual solicita seu auxílio para encontrar a trilha de saída do local. Arthur, então, dá início a uma jornada pessoal onde ele buscará a redenção.
Esse filme, que chegou a ser vaiado em Cannes, recebeu as piores críticas que se pode imaginar. Exagero. Okay, ele é excessivamente didático, é previsível, e tem um desfecho meio "bugado", mas não chega a ser "inassistível". Pontos negativos: tudo é muito explicadinho, a narrativa não dá espaço para o público chegar às suas próprias conclusões, nada é implícito; o roteiro vai dando sinais do que está por vir, logo, o espectador prevê tudo o que vai acontecer antes da hora; a história envereda por um caminho espiritual que, ao menos para mim, soou meio ridículo lá pelas tantas. Pontos positivos: o filme consegue passar a angústia e solidão do personagem através das imagens da floresta - não sei se todos os espectadores vão conseguir extrair essa sensação de vazio das imagens da floresta, mas para mim foi bem forte; as atuações de McConaughey e de Naomi Watts, que interpreta Joan, a esposa de Arthur, são bastante boas e dão lastro aos personagens; gostei da opção de fazer a obra em dois tempos presente e passado, costurando os acontecimentos entre os dois momentos. Concordo que não é uma grande obra, mas não cheguei a lamentar o tempo que usei para assisti-lo. Por outro lado, posso recomendar uma cacetada de outros filmes melhores que esse, inclusive do próprio Gus Van Sant. Tá, tá, a balança está pesando para o lado ruim, eu concordo...
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