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hikafigueiredo

"Quarta Dimensão", de Irvin S. Yeaworth, 1959

Filme do dia (153/2022) - "Quarta Dimensão", de Irvin S. Yeaworth, 1959 - Dr. Tony Nelson (James Congdon) é um cientista que procura uma maneira de repetir uma estranha experiência que realizou no passado e que permitiu que um corpo sólido atravessasse outro corpo sólido. Procurando um investidor, ele visita seu irmão Scott (Robert Lansing), um cientista renomado, oportunidade em que lhe apresenta suas pesquisas. Interessado, Dr. Scott abraça a experiência, com terríveis resultados.





Essa irregular obra de sci-fi, como outras tantas do gênero, discorre sobre os perigos do mau uso da ciência. Na história, o Dr. Scott consegue repetir a experiência de seu irmão e acaba ganhando o estranho "poder" de atravessar qualquer superfície sólida. Ocorre que esse poder é acompanhado por um rápido desgaste corporal, o que faz com que Scott envelheça rapidamente. No entanto, como um "vampiro", Scott descobre que tem como "roubar" energia e juventude de outras pessoas e não se furta de fazê-lo, transformando-se em um verdadeiro assassino, já que suas vítimas não sobrevivem aos seus ataques. Well... já deu para perceber que o roteiro do filme é intrincado e cheio de soluções mirabolantes, não? A realidade é que o roteiro é confuso e pouco convincente, não seguindo qualquer lógica de causa e efeito, de modo que muitos dos acontecimentos e soluções surgem gratuitamente, sem uma desenvolvimento adequado. Em outras palavras, o roteiro é extremamente frágil e não segura minimamente o filme. A narrativa é linear, num ritmo inicialmente moroso, mas que ganha agilidade à medida em que avançamos no tempo. Os personagens, como o roteiro, são mal construídos: os irmãos Tony e Scott, na minha opinião, não têm "lastro" - enquanto o primeiro, um fracasso profissional sem eira nem beira, mostra-se orgulhoso e cheio de autoestima, o segundo, um renomado cientista, mostra-se frágil e inseguro, algo sem qualquer explicação; a cientista Linda, por sua vez, ainda que trabalhe com o respeitado Scott, encanta-se por Tony, que sequer meios de sobrevivência possui - e ela ainda é colocada como uma mulher forte, segura e à frente do seu tempo. Enfim... a "conta" do filme não fecha. As interpretações não são lá grande coisa, mas definitivamente não são o que estragam o filme. Algo que chamou minha atenção positivamente foi a trilha musical com um jazz moderno e bem maneiro. Os efeitos especiais talvez até tenham sido razoáveis na época, mas, para os dias de hoje, são fraquíssimos. Como é perceptível, achei o filme totalmente dispensável, ainda mais se comparado às demais obras do box (Clássicos Sci-Fi, anos 50, da Versátil), com filmes ótimos como "O Incrível Homem que Encolheu" (1957) e "Os Últimos Cinco" (1951). Não curti e não recomendo.

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