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hikafigueiredo

“Viagem Insólita”, de Joe Dante, 1987

Filme do dia (17/2024) – “Viagem Insólita”, de Joe Dante, 1987 – Participando de uma experiência científica, o piloto de caças Tuck Pendleton (Dennis Quaid) é reduzido a um tamanho microscópico, mas, ao contrário do que estava planejado, ele acaba sendo injetado no corpo do caixa de supermercado hipocondríaco Jack Putter (Martins Short) e acaba tendo de correr contra o tempo para salvar a própria vida.




 

Inspirada no filme “Viagem Fantástica” (1966), a obra consegue ser um agregado de gêneros, pois alia ficção científica, aventura, ação e comédia a um só tempo. A história, na realidade, é um tanto sem pé, nem cabeça, mas confesso que tenho certa memória afetiva por ela - nos anos 80 tivemos muitos filmes com essa pegada adolescente, que facilmente conquistava o público mais jovem, meu caso. A obra é pura diversão, não dá para “pescar” nenhum aprofundamento nela – quem sabe uma crítica bem sutil ao uso comercial da ciência, mas acho que nada mais além disso. A história acompanha o personagem Tuck, um tenente da Aeronáutica estadunidense que caiu em desgraça por conta de sua personalidade rebelde e acabou em um laboratório de pesquisas científicas, servindo de cobaia. Ele é miniaturizado e deveria ser injetado no corpo de um coelho, mas acaba sendo objeto de um roubo industrial. Durante uma perseguição, ele acaba sendo injetado em Jack, um rapaz hipocondríaco e inseguro. De dentro do corpo de Jack, Tuck terá de orientá-lo como proceder para resolver a situação. A narrativa é linear, em ritmo alucinante. A atmosfera é de tensão leve pela corrida contra o relógio (mas com a certeza de que no final tudo se resolverá). O destaque absoluto fica por conta dos efeitos especiais que simulam o interior de um corpo humano e que rendeu um Oscar (1988) para o filme na categoria. Confesso que é divertido observar a estética oitentista da obra – maquiagens pesadas, roupas coloridas e cabelos armados, tudo super exagerado. No elenco, Dennis Quaid como Tuck Pendleton – ele era recorrente nesse papel de quase-galã indisciplinado; Martin Short interpreta Jack e é responsável pela parte cômica da história – é difícil não simpatizar com o personagem, já que Jack se mostra sensível e desengonçado, mas com um evidente grande coração; Meg Ryan interpreta a personagem Lydia – na época, ela era a queridinha do público, definida como alguém que poderia ser a vizinha de qualquer um (no sentido de ter beleza e charme  acessíveis, não absurdos). O filme é uma gigantesca bobagem, mas definitivamente é uma ótima pedida para ver com a família toda.

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