Filme do dia (226/2017) - "Viva", de Paddy Breathnach, 2015 - Jesus (Héctor Medina) é um jovem cubano de 18 anos. Sozinho no mundo desde a morte da mãe, Jesus trabalha como cabeleireiro e cuida das perucas das drag queens de uma boate gay. Quando uma das artistas vai embora, abre-se uma oportunidade para Jesus abraçar uma nova profissão, agora como drag queen. O súbito retorno de seu pai Angél (Jorge Perugorria), um ex-boxeador sumido desde os três anos de Jesus, pode atrapalhar seus planos.
Filme docinho de temática LGBT, a obra retrata a dificuldade de Jesus em assumir-se drag queen perante um pai ausente, autoritário e violento, bem como mostra a lenta aproximação e aceitação um do outro. O filme tem uma atmosfera, no geral, leve, com alguns momentos de tensão e algumas cenas mais pesadas. O ritmo é constante e agradável, sem ser excessivamente lento. Um ponto negativo na obra é a qualidade do som - vários foram os momentos em que o som ficou subitamente baixo, falho, e depois voltou ao normal (como o DVD era novo, acredito que o problema tenha sido na gravação mesmo). A trilha sonora é formada quase totalmente por músicas "dor de cotovelo" cubanas da década de 50 e 60 - uma coisa meio "Maysa" do Caribe, sabe? Gostei muito da interpretação de Héctor Medina - seu Jesus é um rapaz doce, sensível, mas, quando necessário, firme e determinado. Jorge Perugorria também fez um bom trabalho como Angél, pois o personagem tem nuances, não é apenas um homem rude e tosco e consegue despertar diferentes sentimentos no público. O filme é simpático e flui fácil, para quem gosta da temática, é uma boa pedida.
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